domingo, 30 de março de 2014

Capítulo 56 – Clareza e Nitidez

Capítulo 56 – Clareza e Nitidez

- CIDADÃOS DE ATLÂNTIDA! HOJE É UM DIA MUITO ESPECIAL! ONTEM, RECEBEMOS A VISITA DE ALGUÉM INESPERADO, UM HOMEM QUE NÃO PERTENCE NEM AO MAR, NEM À TERRA, PORÉM A AMBOS! NOSSO VISITANTE CONSEGUIU, POR ESSA CONDIÇÃO, NADAR ATÉ O NOSSO REINO E ULTRAPASSAR A BARREIRA ILESO. E POR ESSE MOTIVO, HOJE ELE TENTARÁ NOS LIBERTAR DA MALDIÇÃO QUE NOS PRENDE HÁ UM SÉCULO! DENTRE DE POUCOS MINUTOS, ELE ENFRENTARÁ O NOSSO MAIOR MEDO, O KRAKEN... – A voz de Poseidon ecoava pelo reino de Atlântida aquele início de tarde.
Todo o povo da cidade submarina estava reunido em frente ao palácio de Poseidon. Este discursava, acompanhado de Tritão e o primeiro oficial do exército de Atlântida.
Logan estava dentro do palácio, ouvindo a voz de seu pai e se preparando para a sua deixa. Ele usava uma armadura dourada apenas na parte superior de seu corpo (uma vez que a armadura era feita para criaturas com calda).
Cada palavra dita por Poseidon aumentava a ansiedade e causava angústia em Logan. Ele sentia a pressão de seu dever pesar sobre os seus ombros. E se ele falhasse? E se morresse? Decepcionaria todas aquelas pessoas, inclusive seu pai, seu irmão e... E Ariel.
Logan sentiu uma mão pousar em seu ombro. O príncipe ficou ligeiramente tenso até encarar os belos cabelos vermelhos da mais nova das princesas de Atlântida. Seu coração relaxou, e ele se esqueceu de suas responsabilidades por um minuto. Ele sorriu abobado por um instante ao ver o sorriso dela.
- E como está se sentindo o salvador da pátria? – Ela perguntou. Demorou alguns segundos para que o príncipe processasse as palavras de Ariel.
- Ah... Sim... É... Como me sinto? – Ele saiu de seu devaneio. – Um pouco...
- Eu sei... As palavras de vovô com certeza não estão ajudando.
- Não mesmo.
- Mas você é capaz, Logan. Deve confiar em você mesmo.
Logan sorriu apenas por obrigação. A preocupação retornara a seu ser.
- Como pretende destruir a orcrux do tridente?
- Louis me deu um pouco de um líquido que vai destruir esse feitiço. Eu vou pegar o tridente, subir à superfície e despejar o líquido nele. Simples assim. Até que não vai ser tão difícil. O único problema é...
- O Kraken.
- Exato.
- Suponho que já devem ter te contado sobre o Kraken.
- Contado o que sobre ele?!  - Ele quase gritou. Se Logan estava preocupado, o modo como Ariel pronunciou a frase o deixou apavorado.
Ariel mordeu o lábio. Não queria que aquelas palavras tivessem tido aquele efeito sobre ele.
- Er... Olha... Não é tão ruim assim...
- O quê não é tão ruim assim?
- Bom... É que o Kraken é muito grande... Dizem que tem aproximadamente 5 metros de altura e dez de comprimento, e que, quando ele abre a boca, a maioria dos objetos próximos a ele é sugada com uma força descomunal.
Logan enlouqueceu.
- E POR QUÊ NINGUÉM TINHA ME DITO ISSO ATÉ AGORA?
Ariel deu de ombros, ainda mordendo o lábio.
- Acho que em algum momento eu tinha sido incumbida dessa tarefa... – Disse, lembrando-se de algo.
- Mais alguma coisa que seria importante eu saber? – Disse o príncipe, se recompondo.
- Ah, não muita coisa. Só que deve tomar cuidado com o ferrão do Kraken.
- FERRÃO?! ESSE BICHO TEM UM FERRÃO?!
Ariel mordeu novamente o lábio, enquanto o peito de Logan começava a arder de desespero. Ele ia dizer alguma coisa, mas Ariel o interrompeu, beijando-o nos lábios.
O beijo pegou Logan desprevenido, e seu corpo subitamente relaxou, enquanto seus braços envolviam Ariel.
Ela se separou dele e sorriu. Logan sentiu algo estranho em seu peito novamente, mas nada parecido com desespero. Era estranho sentir aquilo, e daquele jeito, uma vez que ele era tio de Ariel – que era bem mais velha do que ele – e tê-la conhecido há apenas um dia.
Mas que importava? Logan se convenceu de que havia amor a primeira vista. Ou, pelo menos, a segunda vista.
A ação de Ariel teve o efeito que ela desejava. Ele ficou mais calmo. E também mais incentivado a ir, fazer o seu trabalho e voltar seguro. Se ele já não tinha motivo suficiente para encorajar a si mesmo – coisas simples como, por exemplo, salvar o mundo de uma bruxa má e tal – agora tinha.
- Olha, vovô está terminando o discurso! É a sua deixa! – E, com isso, ela o empurrou para frente.
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- AIIIII! – Liam gritou quando Mulan passou um pano úmido para limpar seu ferimento com água retirada da bolsa mágica.
- Shhhh... – Ela tentou confortá-lo. – Aguente firme, Liam, daqui a pouco vai passar.
- Isso arde muito...
- Eu sei... É porque está infeccionando. Preciso que você seja forte por mais um tempinho...
Harry estava ajudando à chinesa. Ela olhou para ele e Harry automaticamente lhe passou algumas plantas que ela lhe mandara colher na base das árvores ali próximas.
Mulan pegou as ervas e triturou-as em uma tigela de argila com um pedaço de galho de árvore até que elas soltassem uma pasta. Depois, adicionou um pouco de água e mexeu até que a mistura ficasse homogênea.
- Para que serve isso? – Harry perguntou enquanto Mulan enfiava o dedo na mistura e começava a passa-la sobre os cortes de garras na barriga de Liam, que estava meio deitado, recostado em uma árvore ao lado.
- Ahhhiiinnqoibowbroufr... – Praguejou o fazendeiro.
- Isso não vai deixar infeccionar, e acelerará o processo de cicatrização, além de ser um excelente anestésico. O único problema é que é bem ardido no começo. Mas já, já passa.
- Hummmm... E como você sabe de tantas coisas assim? Digo, de plantas que curam, de criaturas mágicas...
- Dumbledore me ensinou tudo o que eu sei.
- Comos vocês se conheceram?
Mulan mordeu os lábios ao se lembrar de Shang. Sua voz saiu um pouco tremida em seguida.
- Eu... Eu prefiro não falar muito disso. – E então ela se levantou. – Vou buscar algo para te enfaixar, Liam. Espere um minuto.
Harry percebeu que ela não se sentira confortável ao tocar no assunto e se esquivara totalmente.
- Nossa... – Comentou, pensativo.
- A história dela é muito triste, Harry. Não force a pergunta novamente. – Liam respirava calmamente. Aparentemente, o efeito anestésico já ocorrera.
- Você está melhor, Liam?
- Estou, Harry. Isso que ela passou em mim é milagroso! Preciso estudar as propriedades dessa planta. Qual é o nome mesmo?
Harry sorriu:
- E eu que sei? Só segui as ordens. Mas, já que está se sentindo melhor, por que não me conta o que você sabe sobre ela? E talvez por que você saiba disso quando ninguém mais sabe?
- Não acha melhor esperar até que ela confie o suficiente em você para que conte a própria história dela?
Harry bufou.
- Qual o problema, Harry? Por que está tão nervoso?
- Nada... Eu não sei bem.
- Então, agora levante-se e faça-me o favor de pegar o livro das criaturas das trevas, ok?
Harry fez cara feia, mas obedeceu ao amigo. Deixou Liam acomodado com seu livro e foi até Louis, que também estava sendo cuidado, mas por Gandalf, que enfaixava o braço do cavaleiro cuidadosamente.
- Oi Harry, que bom te... AIIII! – Louis gritou quando Harry lhe deu um tapa na cara.
“NUNCAMAISVÁEMBORAPENSANDOQUEPODEFAZERTUDOSOZINHOENOSDEIXANDODESAVISADOSECHEIOSDEPREOCUPAÇÃOPENSANDOQUEVOCÊESTAVAMORTOETEVENDOPORUMESPELHOENCANTADOENQUANTOFUGIADELOBISOMENSQUEPODIAMARRANCARSUASTRIPASPRAFORA”
Quando Harry terminou, Gandalf bateu com seu cajado na cabeça dele.
- AI! – Gritou Harry.
- Calado. – Falou-lhe o mago.
- “Calado”. – Harry repetiu quando Gandalf se afastou, sentando-se ao lado de Louis, agora mais calmo.
- Me desculpe... –Disse Louis. – Eu... Eu só não queria que... Que vocês se machucassem.
- Quantas vezes vamos ter que fazer você mudar de ideia? Será que você vai ter que morrer para entender que não pode fazer isso sozinho?
- Não. – Louis falou, a voz serena. – Quase morrer já vale. – Ele engoliu em seco. – Obrigado. – Disse, sorrindo.
Harry sorriu de volta. Nenhum dos dois conseguia ficar bravo com o outro por muito tempo. Eles já eram como irmãos.
- Como está se sentindo?
Louis estava deitado, com a cabeça apoiada na raiz de uma árvore. Ele tentou se levantar, mas algo estralou e ele fez uma careta, claramente reprimindo um grito.
- Nada mal... – Falou, com a voz falha por conta da dor.
- Algum sinal de Taylor? – Harry olhou ao redor.
- Não. Zayn e Niall foram procura-lo há alguns minutos. Espero que não esteja morto... Ele salvou a minha vida.
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Taylor acordou ouvindo duas vozes chamarem seu nome ao longe. Quando ele abriu os olhos, sua visão ficou ligeiramente turva.
Lentamente, seus sentidos foram se recobrando. Ele virou-se de lado para se erguer. Seu corpo parecia um pouco pesado demais.
O príncipe estava imundo e suas roupas ainda estavam molhadas. Atrás dele, o barulho da água do córrego o fez lembrar de seus últimos momentos com o lobisomem.
À simples lembrança da criatura, Taylor ficou totalmente alerta, como se finalmente tivesse despertado de um sono profundo. Ele levou a mão instintivamente no local onde o lobisomem o havia mordido.
E o que sentiu o fez arrepiar da cabeça aos pés.
A roupa estava rasgada, mais especificamente perfurada. Mas, ao invés de encontrar a pele com os mesmos furos de sua roupa, Taylor encontrou-a perfeitamente lisa, sem nenhum ferimento.
Ele andou até o riacho e lavou com as mãos a região da mordida. Livre de terra molhada, o príncipe pôde ver pequenas e muito claras marcas onde deveriam estar as feridas da perfuração.
Quanto tempo ele havia ficado desmaiado? Não, era impossível pensar que pudesse ter cicatrizado tão rápido. Suas roupas ainda estavam molhadas.
Taylor pensaria que seu em bate com o lobisomem teria sido uma mera fantasia se não tivesse visto, logo em seguida, a cabeça que ele mesmo cortara e tirara de seu abdome. A cabeça daquela terrível fera.
O príncipe alcançou-a e olhou para aqueles dentes ensanguentados. Era seu sangue. Então, como a ferida já havia sido curada?!
Taylor jogou a cabeça para o córrego. Ela bateu na água e foi levada pela correnteza. Agora, enquanto observava o córrego, Taylor percebeu inúmeros detalhes que não se lembrava de ter visto antes. Ele conseguia enxergar a correnteza, as pedras no fundo baixo do riacho e cada saliência que elas continham, peixes minúsculos, algas, caranguejos e pedaços de pelo do lobisomem presos entre pedras da mesma cor que eles.
Como ele conseguia ver tudo aquilo?! Ele se virou e olhou para o tronco de uma árvore próxima. Ele enxergava as minúsculas formigas escuras andando pelo tronco escuro. Via os detalhes da superfície das folhas com uma exatidão assustadora.
O mundo parecia mais claro e mais nítido... E mais leve também. O corpo do príncipe parecia não mais pesar. Aliás, estava mais leve que de costume, apesar de seus movimentos aparentarem mais firmeza.
Taylor voltou a escutar as vozes. Eram de Zayn e de Niall. Eles estavam perto.
O príncipe começou a correr em direção às vozes. Os dois amigos deveriam estar a dez metros dele. Entretanto, enquanto corria, Taylor percebeu que já passara de vinte metros e não encontrara os outros ainda. Ainda assim, as vozes ficavam cada vez mais altas. Pareciam estar ao lado dele.
Finalmente, depois de percorrer por volta de cem metros, ele encontrou Zayn e Niall.
- Taylor! – Exclamou Zayn.
- Você está vivo! – Niall estava visivelmente aliviado. Nem ele nem Zayn estavam a fim de encontrar Taylor morto. E, caso o encontrassem morto, muito menos queriam encontrar um lobisomem vivo.
- Sim, estou vivo, e estou bem... Na verdade, me sinto melhor do que de costume.
- Está machucado?! Você matou aquela coisa? – Niall.
- Sim, eu matei... Mas... – Taylor não queria contar do que acontecera. Ainda estava tentando entender o que se passara. – não estou machucado.
- Ufa! Graças a Deus encontramos você vivo. Venha! Vamos voltar ao acampamento. – Zayn.
- Há quanto tempo estão me procurando?
- Há pelo menos duas horas e meia. Ficamos com medo de nos perder, mas Niall marcou o caminho com pedaços de pão. Agora vamos embora, antes que os outros fiquem muito preocupados conosco.
Taylor começou a segui-los, de volta ao acampamento. Talvez fosse bom descansar um pouco. Parecia que ele estava ficando doido... Por que Zayn e Niall estavam gritando? Não. Taylor sabia que não estavam gritando. O problema era ele próprio.
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Oi, gente, td bem com vcs?
Eu estou cansada de aborrecer vocês. Mas, sério, esse mês foi uma loucura. Me perdoem. Vou tentar compensá-las.
O que será que está acontecendo com o Taylor?
Continuo com cinco comentários. J

Bjs

9 comentários:

  1. Que saudades sua
    A gente bem se fala mais okay hduahshahsh
    Eu sabia que vc não tinha desistido da fic, mas por um momento achei que tinha parado de escrever.
    Relaxa, acho eu que vc ta no terceirao, vestiba, e tudo mais. Te entendi, isso significa estudar e estudar kkkk
    Mas por favor, não para de postar :)
    Um beijo e um queijo
    ��❤️��

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    1. Obrigada Tália :) Tb sinto saudades
      Não vou deixar de postar, prometo
      Bjs

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  2. primeiro: PQ VC FICOU TANTO TEMPO LONGE MULIER???!!! QUÉ ME MATA??!!! É ISSO MESMO???!!!!
    segundo: td bem eu te perdoo u.u kkkkkkkkkkk to brincando, ta td bem :D eu intendo o que é ter q estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar... kkkkkkkkkkk vc ta no terceiro né?
    terceiro: Esse capitulo... MEU DEUS! PER-FECT! <3 Sério more, amei <3
    Podre Taylor, não deve estar sendo nada fácil pra ele lidar com isso :/
    quarto: CONTINUA LOGOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO <33

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    1. kkkk Desculpa :( Sim, eu to no terceirão... É complicado...
      Mas cou postar mais depressa, prometo, a partir de hoje
      kkkk gostou desse cap? Vou dizer que nem estamos na melhor parte

      Bjs

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  3. Continuaaa
    Perdoada sim ;D
    Na vdd nem precisava pedir perdao..

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  4. Continu logoooo, é uma ordem. É de familia né, vc e sua irmã escrevem tão bem, vcs duas são divas *___*
    Continua logoo, o mais rapido possivel please!!!!!

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