Capítulo 56 – Clareza e Nitidez
- CIDADÃOS DE
ATLÂNTIDA! HOJE É UM DIA MUITO ESPECIAL! ONTEM, RECEBEMOS A VISITA DE ALGUÉM
INESPERADO, UM HOMEM QUE NÃO PERTENCE NEM AO MAR, NEM À TERRA, PORÉM A AMBOS!
NOSSO VISITANTE CONSEGUIU, POR ESSA CONDIÇÃO, NADAR ATÉ O NOSSO REINO E
ULTRAPASSAR A BARREIRA ILESO. E POR ESSE MOTIVO, HOJE ELE TENTARÁ NOS LIBERTAR
DA MALDIÇÃO QUE NOS PRENDE HÁ UM SÉCULO! DENTRE DE POUCOS MINUTOS, ELE
ENFRENTARÁ O NOSSO MAIOR MEDO, O KRAKEN... – A voz de Poseidon ecoava pelo
reino de Atlântida aquele início de tarde.
Todo o povo da
cidade submarina estava reunido em frente ao palácio de Poseidon. Este
discursava, acompanhado de Tritão e o primeiro oficial do exército de
Atlântida.
Logan estava
dentro do palácio, ouvindo a voz de seu pai e se preparando para a sua deixa. Ele
usava uma armadura dourada apenas na parte superior de seu corpo (uma vez que a
armadura era feita para criaturas com calda).
Cada palavra
dita por Poseidon aumentava a ansiedade e causava angústia em Logan. Ele sentia
a pressão de seu dever pesar sobre os seus ombros. E se ele falhasse? E se
morresse? Decepcionaria todas aquelas pessoas, inclusive seu pai, seu irmão
e... E Ariel.
Logan sentiu
uma mão pousar em seu ombro. O príncipe ficou ligeiramente tenso até encarar os
belos cabelos vermelhos da mais nova das princesas de Atlântida. Seu coração
relaxou, e ele se esqueceu de suas responsabilidades por um minuto. Ele sorriu
abobado por um instante ao ver o sorriso dela.
- E como está
se sentindo o salvador da pátria? – Ela perguntou. Demorou alguns segundos para
que o príncipe processasse as palavras de Ariel.
- Ah... Sim...
É... Como me sinto? – Ele saiu de seu devaneio. – Um pouco...
- Eu sei... As
palavras de vovô com certeza não estão ajudando.
- Não mesmo.
- Mas você é
capaz, Logan. Deve confiar em você mesmo.
Logan sorriu
apenas por obrigação. A preocupação retornara a seu ser.
- Como
pretende destruir a orcrux do tridente?
- Louis me deu
um pouco de um líquido que vai destruir esse feitiço. Eu vou pegar o tridente,
subir à superfície e despejar o líquido nele. Simples assim. Até que não vai
ser tão difícil. O único problema é...
- O Kraken.
- Exato.
- Suponho que
já devem ter te contado sobre o Kraken.
- Contado o
que sobre ele?! - Ele quase gritou. Se
Logan estava preocupado, o modo como Ariel pronunciou a frase o deixou
apavorado.
Ariel mordeu o
lábio. Não queria que aquelas palavras tivessem tido aquele efeito sobre ele.
- Er...
Olha... Não é tão ruim assim...
- O quê não é tão ruim assim?
- Bom... É que
o Kraken é muito grande... Dizem que tem aproximadamente 5 metros de altura e dez
de comprimento, e que, quando ele abre a boca, a maioria dos objetos próximos a
ele é sugada com uma força descomunal.
Logan
enlouqueceu.
- E POR QUÊ
NINGUÉM TINHA ME DITO ISSO ATÉ AGORA?
Ariel deu de
ombros, ainda mordendo o lábio.
- Acho que em
algum momento eu tinha sido incumbida dessa tarefa... – Disse, lembrando-se de
algo.
- Mais alguma
coisa que seria importante eu saber? – Disse o príncipe, se recompondo.
- Ah, não
muita coisa. Só que deve tomar cuidado com o ferrão do Kraken.
- FERRÃO?!
ESSE BICHO TEM UM FERRÃO?!
Ariel mordeu
novamente o lábio, enquanto o peito de Logan começava a arder de desespero. Ele
ia dizer alguma coisa, mas Ariel o interrompeu, beijando-o nos lábios.
O beijo pegou
Logan desprevenido, e seu corpo subitamente relaxou, enquanto seus braços
envolviam Ariel.
Ela se separou
dele e sorriu. Logan sentiu algo estranho em seu peito novamente, mas nada
parecido com desespero. Era estranho sentir aquilo, e daquele jeito, uma vez
que ele era tio de Ariel – que era bem mais velha do que ele – e tê-la
conhecido há apenas um dia.
Mas que
importava? Logan se convenceu de que havia amor a primeira vista. Ou, pelo
menos, a segunda vista.
A ação de
Ariel teve o efeito que ela desejava. Ele ficou mais calmo. E também mais
incentivado a ir, fazer o seu trabalho e voltar seguro. Se ele já não tinha
motivo suficiente para encorajar a si mesmo – coisas simples como, por exemplo,
salvar o mundo de uma bruxa má e tal – agora tinha.
- Olha, vovô
está terminando o discurso! É a sua deixa! – E, com isso, ela o empurrou para
frente.
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- AIIIII! –
Liam gritou quando Mulan passou um pano úmido para limpar seu ferimento com
água retirada da bolsa mágica.
- Shhhh... –
Ela tentou confortá-lo. – Aguente firme, Liam, daqui a pouco vai passar.
- Isso arde
muito...
- Eu sei... É
porque está infeccionando. Preciso que você seja forte por mais um tempinho...
Harry estava
ajudando à chinesa. Ela olhou para ele e Harry automaticamente lhe passou
algumas plantas que ela lhe mandara colher na base das árvores ali próximas.
Mulan pegou as
ervas e triturou-as em uma tigela de argila com um pedaço de galho de árvore
até que elas soltassem uma pasta. Depois, adicionou um pouco de água e mexeu
até que a mistura ficasse homogênea.
- Para que
serve isso? – Harry perguntou enquanto Mulan enfiava o dedo na mistura e
começava a passa-la sobre os cortes de garras na barriga de Liam, que estava
meio deitado, recostado em uma árvore ao lado.
-
Ahhhiiinnqoibowbroufr... – Praguejou o fazendeiro.
- Isso não vai
deixar infeccionar, e acelerará o processo de cicatrização, além de ser um
excelente anestésico. O único problema é que é bem ardido no começo. Mas já, já
passa.
- Hummmm... E
como você sabe de tantas coisas assim? Digo, de plantas que curam, de criaturas
mágicas...
- Dumbledore
me ensinou tudo o que eu sei.
- Comos vocês
se conheceram?
Mulan mordeu
os lábios ao se lembrar de Shang. Sua voz saiu um pouco tremida em seguida.
- Eu... Eu
prefiro não falar muito disso. – E então ela se levantou. – Vou buscar algo
para te enfaixar, Liam. Espere um minuto.
Harry percebeu
que ela não se sentira confortável ao tocar no assunto e se esquivara
totalmente.
- Nossa... –
Comentou, pensativo.
- A história
dela é muito triste, Harry. Não force a pergunta novamente. – Liam respirava
calmamente. Aparentemente, o efeito anestésico já ocorrera.
- Você está
melhor, Liam?
- Estou,
Harry. Isso que ela passou em mim é milagroso! Preciso estudar as propriedades
dessa planta. Qual é o nome mesmo?
Harry sorriu:
- E eu que
sei? Só segui as ordens. Mas, já que está se sentindo melhor, por que não me
conta o que você sabe sobre ela? E talvez por que você saiba disso quando
ninguém mais sabe?
- Não acha
melhor esperar até que ela confie o suficiente em você para que conte a própria
história dela?
Harry bufou.
- Qual o
problema, Harry? Por que está tão nervoso?
- Nada... Eu
não sei bem.
- Então, agora
levante-se e faça-me o favor de pegar o livro das criaturas das trevas, ok?
Harry fez cara
feia, mas obedeceu ao amigo. Deixou Liam acomodado com seu livro e foi até
Louis, que também estava sendo cuidado, mas por Gandalf, que enfaixava o braço
do cavaleiro cuidadosamente.
- Oi Harry, que
bom te... AIIII! – Louis gritou quando Harry lhe deu um tapa na cara.
“NUNCAMAISVÁEMBORAPENSANDOQUEPODEFAZERTUDOSOZINHOENOSDEIXANDODESAVISADOSECHEIOSDEPREOCUPAÇÃOPENSANDOQUEVOCÊESTAVAMORTOETEVENDOPORUMESPELHOENCANTADOENQUANTOFUGIADELOBISOMENSQUEPODIAMARRANCARSUASTRIPASPRAFORA”
Quando Harry
terminou, Gandalf bateu com seu cajado na cabeça dele.
- AI! – Gritou
Harry.
- Calado. –
Falou-lhe o mago.
- “Calado”. –
Harry repetiu quando Gandalf se afastou, sentando-se ao lado de Louis, agora
mais calmo.
- Me
desculpe... –Disse Louis. – Eu... Eu só não queria que... Que vocês se
machucassem.
- Quantas
vezes vamos ter que fazer você mudar de ideia? Será que você vai ter que morrer
para entender que não pode fazer isso sozinho?
- Não. – Louis
falou, a voz serena. – Quase morrer já vale. – Ele engoliu em seco. – Obrigado.
– Disse, sorrindo.
Harry sorriu
de volta. Nenhum dos dois conseguia ficar bravo com o outro por muito tempo.
Eles já eram como irmãos.
- Como está se
sentindo?
Louis estava
deitado, com a cabeça apoiada na raiz de uma árvore. Ele tentou se levantar,
mas algo estralou e ele fez uma careta, claramente reprimindo um grito.
- Nada mal... –
Falou, com a voz falha por conta da dor.
- Algum sinal
de Taylor? – Harry olhou ao redor.
- Não. Zayn e
Niall foram procura-lo há alguns minutos. Espero que não esteja morto... Ele
salvou a minha vida.
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Taylor acordou
ouvindo duas vozes chamarem seu nome ao longe. Quando ele abriu os olhos, sua
visão ficou ligeiramente turva.
Lentamente,
seus sentidos foram se recobrando. Ele virou-se de lado para se erguer. Seu
corpo parecia um pouco pesado demais.
O príncipe
estava imundo e suas roupas ainda estavam molhadas. Atrás dele, o barulho da
água do córrego o fez lembrar de seus últimos momentos com o lobisomem.
À simples
lembrança da criatura, Taylor ficou totalmente alerta, como se finalmente
tivesse despertado de um sono profundo. Ele levou a mão instintivamente no
local onde o lobisomem o havia mordido.
E o que sentiu
o fez arrepiar da cabeça aos pés.
A roupa estava
rasgada, mais especificamente perfurada. Mas, ao invés de encontrar a pele com
os mesmos furos de sua roupa, Taylor encontrou-a perfeitamente lisa, sem nenhum
ferimento.
Ele andou até
o riacho e lavou com as mãos a região da mordida. Livre de terra molhada, o
príncipe pôde ver pequenas e muito claras marcas onde deveriam estar as feridas
da perfuração.
Quanto tempo
ele havia ficado desmaiado? Não, era impossível pensar que pudesse ter
cicatrizado tão rápido. Suas roupas ainda estavam molhadas.
Taylor
pensaria que seu em bate com o lobisomem teria sido uma mera fantasia se não
tivesse visto, logo em seguida, a cabeça que ele mesmo cortara e tirara de seu
abdome. A cabeça daquela terrível fera.
O príncipe
alcançou-a e olhou para aqueles dentes ensanguentados. Era seu sangue. Então,
como a ferida já havia sido curada?!
Taylor jogou a
cabeça para o córrego. Ela bateu na água e foi levada pela correnteza. Agora,
enquanto observava o córrego, Taylor percebeu inúmeros detalhes que não se
lembrava de ter visto antes. Ele conseguia enxergar a correnteza, as pedras no
fundo baixo do riacho e cada saliência que elas continham, peixes minúsculos,
algas, caranguejos e pedaços de pelo do lobisomem presos entre pedras da mesma
cor que eles.
Como ele
conseguia ver tudo aquilo?! Ele se virou e olhou para o tronco de uma árvore
próxima. Ele enxergava as minúsculas formigas escuras andando pelo tronco
escuro. Via os detalhes da superfície das folhas com uma exatidão assustadora.
O mundo parecia
mais claro e mais nítido... E mais leve também. O corpo do príncipe parecia não
mais pesar. Aliás, estava mais leve que de costume, apesar de seus movimentos
aparentarem mais firmeza.
Taylor voltou
a escutar as vozes. Eram de Zayn e de Niall. Eles estavam perto.
O príncipe
começou a correr em direção às vozes. Os dois amigos deveriam estar a dez
metros dele. Entretanto, enquanto corria, Taylor percebeu que já passara de
vinte metros e não encontrara os outros ainda. Ainda assim, as vozes ficavam
cada vez mais altas. Pareciam estar ao lado dele.
Finalmente,
depois de percorrer por volta de cem metros, ele encontrou Zayn e Niall.
- Taylor! – Exclamou
Zayn.
- Você está
vivo! – Niall estava visivelmente aliviado. Nem ele nem Zayn estavam a fim de
encontrar Taylor morto. E, caso o encontrassem morto, muito menos queriam
encontrar um lobisomem vivo.
- Sim, estou
vivo, e estou bem... Na verdade, me sinto melhor do que de costume.
- Está
machucado?! Você matou aquela coisa? – Niall.
- Sim, eu
matei... Mas... – Taylor não queria contar do que acontecera. Ainda estava
tentando entender o que se passara. – não estou machucado.
- Ufa! Graças
a Deus encontramos você vivo. Venha! Vamos voltar ao acampamento. – Zayn.
- Há quanto
tempo estão me procurando?
- Há pelo
menos duas horas e meia. Ficamos com medo de nos perder, mas Niall marcou o
caminho com pedaços de pão. Agora vamos embora, antes que os outros fiquem
muito preocupados conosco.
Taylor começou
a segui-los, de volta ao acampamento. Talvez fosse bom descansar um pouco.
Parecia que ele estava ficando doido... Por que Zayn e Niall estavam gritando?
Não. Taylor sabia que não estavam gritando. O problema era ele próprio.
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Oi, gente, td bem com vcs?
Eu estou cansada de aborrecer vocês. Mas, sério, esse mês foi uma
loucura. Me perdoem. Vou tentar compensá-las.
O que será que está acontecendo com o Taylor?
Continuo com cinco comentários. J
Bjs
Continua Baby! Ta viciante!!!!!
ResponderExcluirQue saudades sua
ResponderExcluirA gente bem se fala mais okay hduahshahsh
Eu sabia que vc não tinha desistido da fic, mas por um momento achei que tinha parado de escrever.
Relaxa, acho eu que vc ta no terceirao, vestiba, e tudo mais. Te entendi, isso significa estudar e estudar kkkk
Mas por favor, não para de postar :)
Um beijo e um queijo
��❤️��
Obrigada Tália :) Tb sinto saudades
ExcluirNão vou deixar de postar, prometo
Bjs
primeiro: PQ VC FICOU TANTO TEMPO LONGE MULIER???!!! QUÉ ME MATA??!!! É ISSO MESMO???!!!!
ResponderExcluirsegundo: td bem eu te perdoo u.u kkkkkkkkkkk to brincando, ta td bem :D eu intendo o que é ter q estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar... kkkkkkkkkkk vc ta no terceiro né?
terceiro: Esse capitulo... MEU DEUS! PER-FECT! <3 Sério more, amei <3
Podre Taylor, não deve estar sendo nada fácil pra ele lidar com isso :/
quarto: CONTINUA LOGOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO <33
kkkk Desculpa :( Sim, eu to no terceirão... É complicado...
ExcluirMas cou postar mais depressa, prometo, a partir de hoje
kkkk gostou desse cap? Vou dizer que nem estamos na melhor parte
Bjs
Continuaaa
ResponderExcluirPerdoada sim ;D
Na vdd nem precisava pedir perdao..
Continua!!!
ResponderExcluirContinu logoooo, é uma ordem. É de familia né, vc e sua irmã escrevem tão bem, vcs duas são divas *___*
ResponderExcluirContinua logoo, o mais rapido possivel please!!!!!
kkkkkk obrigada
Excluirbjs