Capítulo 20 – O Velhinho da Loja
Harry estava
emburrado, ouvindo Liam explicar a Niall porque Zayn deveria receber uma
segunda chance. O dia estava ensolarado e não havia nenhuma brisa soprando. O
sol estava tão forte aquela tarde que poderia queimar a pele de qualquer um.
Por sorte, Liam trouxera chapéus para todos, e Harry estava usando o dele, que
o deixava protegido do sol e...
Uma brisa
repentina soprou forte, arrancando o chapéu de Harry e jogando longe o objeto.
Harry foi até ele e abaixou-se para pegá-lo, mas mais uma vez uma estranha ventania
bateu e o chapéu voou.
– Mas que
droga! – Exclamou Harry.
O chapéu parou
novamente, dessa vez em frente à “Magia e Bruxaria de Hogwarts”. Harry
novamente se abaixou para pegar o objeto, e mais uma vez um vento forte soprou,
ao mesmo tempo em que a porta da loja conhecida como “Local Proibido” se abria.
Se você for um
bom observador, provavelmente já terá imaginado para onde o chapéu de Harry
voou, não é mesmo? Pois bem, você adivinhou: ele voou para dentro da loja.
Harry nem
percebeu que estava entrando na loja mais temida do vilarejo de Hogwarts.
Seu chapéu
caiu um pouco à frente da porta e, quando ele finalmente conseguiu pegá-lo e
virou-se para sair, a porta se fechou na sua frente, sozinha.
“Que
estranho... Será que foi o vento?”, pensou. Harry olhou em volta: a loja estava
repleta de artefatos velhos que ele não sabia do que se tratavam. Poltronas
cobertas com lençóis e mesas atulhadas de objetos empoeirados. Era muita coisa,
para pouco espaço. A parede em frente à porta tinha um balcão de vidro que se
prolongava também pela parede à esquerda. As prateleiras abaixo do balcão
também estavam abarrotadas com coisas que Harry não compreendia o significado.
Dois ratos
grandes passaram pelos pés de Harry, e ele se assustou, caindo no chão de
madeira velha e levantando uma nuvem de poeira.
– Oh, Harry!
Deixe-me ajuda-lo! – Uma voz de gente idosa acudiu, com ar calmo e paciente.
De repente, de
uma porta atrás do balcão, um velhinho com uma barba branca e enorme apareceu.
Usava um tipo de chapéu meio estranho e óculos de meia-lua. Suas vestes eram
longas. Harry se perguntou por que ele estava usando um vestido.
Como se
adivinhasse os pensamentos de Harry, o velhinho falou:
– Ah, Harry,
isto não é um vestido. Chamamos de túnica. Venha, dê-me sua mão.
Harry ficou
assustado. Não pegou a mão que o velhinho oferecia para ajuda-lo a se levantar.
– Co-como você
sabia o que eu estava pensando?! E como sabe o meu nome? – Ele gaguejou.
– Eu sei
muitas coisas, Harry, coisas as quais você jamais poderia imaginar. Meu nome é
Alvo Dumbledore. Sou o dono desta loja. Pode confiar em mim. – Ele sorriu para
Harry enquanto falava.
Harry então
lembrou-se do que a senhora Horan havia dito. Aquele então era o velhinho
estranho, porém simpático, que todo o vilarejo temia. Ficou com medo de confiar
sua mão a ele, e mais ainda de estar ali. Lembrou-se da porta fechando sozinha
e do chapéu voando misteriosamente para dentro. De repente, tudo aquilo não lhe
pareceu ter acontecido por razões naturais. Seu corpo estremeceu, mas o olhar
de Dumbledore era sereno, e Harry aceitou sua mão.
Quando se
levantou, Dumbledore lhe deu as costas e foi para trás do balcão, enquanto
falava:
– Estava te
esperando há muito tempo, Harry.
– Me...
esperando?
– Sim, e seus
amigos também. Onde estão eles?
– Olha, senhor
Dumbledore, desculpe, mas eu nem te conheço, como o senhor pode me conhecer e
estar me esperando?
– Eu não disse
que eu te conheço. – disse Dumbledore, com um meio sorriso. – Eu disse que te
esperava há muito tempo.
Harry engoliu
em seco. Ele não estava gostando nem um pouco de estar ali. Começou a andar
para a porta, mas a voz de Dumbledore soou atrás de si:
– Eu sei por que
você, Zayn, Louis e Liam estão aqui com você.
Harry parou de
andar e se virou bem devagar para Dumbledore.
– Tá bom...
Como é que você sabe o nome dos meus amigos? Nem se alguém tivesse te contado
sobre mim e Louis, mas Zayn e Liam estão nesta viagem conosco há menos de três
dias!
– Eu já disse,
Harry. Sei de muitas coisas. Esperava já o nascimento de vocês a séculos! –
Algo na fala de Dumbledore fez Harry crer que ele não estava exagerando ao usar
a palavra séculos. – E não só eu esperava. Flack também.
Harry subitamente
gelou e levou a mão à cintura, à procura de sua faca de cozinha para se
defender, caso fosse necessário.
– Como sabe de
Flack? – Harry disse, receoso.
– Oh, não se
preocupe, meu jovem. Não jogamos no mesmo time, Flack e eu. Veneramos lados
opostos de nossa natureza.
Harry
compreendeu o que Dumbledore estava dizendo.
– Você é um
bruxo. – Falou, sério.
– Certamente! –
Dumbledore sorriu. – Sou um bruxo. Mas, enfatizo: não sou um bruxo mau. Você
pode confiar em mim. É claro que essa decisão cabe a você, mas talvez ajude se
eu disser que tenho informações valiosas que ajudarão você e seus companheiros
a derrotar a bruxa e salvar a princesa.
Harry olhou
para Dumbledore, que lhe sorriu mais uma vez. Ele estava apavorado, mas era
evidente que Dumbledore sabia de alguma coisa importante. E era tudo tão
estranho... Harry foi tomado por uma curiosidade que lhe invadiu a alma. Se o
que aquele velho estranho estivesse falando realmente era verdade, então...
Decidiu ousar.
– O que tem
para nos dizer?
Dumbledore
sorriu de novo.
–
Por que não nos sentamos enquanto esperamos seus amigos entrarem, Harry?
Um
barulho soou pelo chão, e uma mesa e duas cadeiras se arrastaram até o meio de
um espaço vazio entre o balcão e um bando de quinquilharias amontoadas em
cantos e outras mesas.
–
Sente-se.
Dumbledore
foi até a mesa, e Harry, hesitante, também. Ambos sentaram-se.
–
Quer chá? – Ofereceu o velhinho.
Harry
fez que sim com a cabeça. Automaticamente, um bule surgiu no ar com duas
xícaras, que flutuaram até a mesa e se depositaram frente a frente dos dois
homens. O bule serviu um chá morno em ambas antes de descansar sua base na mesa.
Havia
um quadro entre algumas prateleiras. Nele, estava pintado um menino lendo um
livro. Atrás do menino, no cenário da pintura, várias estantes também repletas
de livros. Harry pensou ter visto o menino retratado se mexer, virando a página
do livro, mas ignorou o fato. Devia estar ficando paranoico. Devia estar
maluco.
–
Sabe, Harry, eu conheci Flack há duzentos e trinta anos, quando ambos ainda
estávamos em formação bruxa. Estudamos juntos no mesmo covén. Depois, eu entrei
para a Ordem da Fênix, um grupo de bruxos bons, mas ela resolveu aderir aos
Comensais da Morte, que, pelo nome, você já pode deduzir que é todo formado por
bruxos muito, muito maus. Ela sempre teve um prazer muito grande com a desgraça
alheia, e a cobiça pelo poder sempre foi a sua mais marcante característica...
Harry
ouvia tudo com muita atenção, ainda sem acreditar nas palavras de Dumbledore.
Duzentos e trinta anos?! Quantos anos ele tinha? Dumbledore continuou:
–
Sabe, Flack sempre se destacou muito no próprio grupo, por conta de suas
maldades e forças, que aumentavam cada vez mais. Ela era uma bruxa extremamente
inteligente, e sabia aprender as coisas muito rapidamente. Criava, também, e
criava coisas muito malignas para que um ser humano ou até mesmo um bruxo bom
pudesse acreditar. No entanto, guardou suas criações para si, com medo de que algum
bruxo mau que tivesse acesso às suas descobertas as usasse contra ela. Ela logo
começou a ser temida até pelos bruxos de seu grupo, tamanho seu poder. Suas
maldades foram aumentando, e milhares de pessoas estavam morrendo em suas mãos.
Ela torturava, escravizava, matava por diversão e até comia e fazia outras mil
coisas terríveis com os humanos em que punha as suas mãos maléficas. – Ele fez
uma pausa, tomando um gole do chá. – Alguns de seus ataques aos humanos
conseguiam ser antecipado por nós, bruxos bons. Mas Flack não se deixaria abalar
pela magia boa. Não naquele momento, em que tinha tanto poder. Por isso, ela e
seus aliados que não a temiam começaram a organizar um plano para acabar com a
magia boa e todos os bruxos que a praticavam. Foi aí que ela surgiu.
–
Quem surgiu? – Perguntou Harry, já totalmente envolvido com a história.
–
A profecia.
OMG, como assim? que profecia?
ResponderExcluirvoce esta me deichando curiosa com isso hahahah, eu estou amando sua fic, serio voce tem que postar mais, eu tenho que saber qual é a profecia.
Eu estou muito curiosa, me conte a profecia e cade os outros?
curiosidade nivel mil
hahah, amei, continua logo :)
Haha, Tália, eu garanto, vc não perde por esperar ;)
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