Capítulo 5 – Taradices
H
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arry acordou com a cabeça e o corpo
pesados, típicos de uma ressaca. A princípio, sua visão estava um pouco
embaçada, mas aos poucos ela foi normalizando, assim como os seus sentidos
foram vindo à tona novamente...
Uma
luz forte da manhã invadia o quarto pela janelinha logo acima de Harry.
“Ai,
mas que dor de cabeça...”, pensou ele, levando a mão ao crânio. “O que será que
aconteceu ontem à noite?”, tentava ele se lembrar, como todos os bêbados
tentam, sem sucesso. “Onde estou?”, ele olhou para a frente, para a parede à
sua esquerda, pois estava deitado de bruços com a cabeça virada para o mesmo
lado. Não reconheceu o local. “E... Que travesseiro esquisito é esse?...”.
Harry
levantou um pouco o pescoço e olhou para baixo, para o seu travesseiro, enquanto
fungava. Quando, porém, seu olhos focalizaram, a centímetros deles, aqueles...
...
Louis
sentiu alguma coisa em cima de si se mexer um pouco. Primeiramente, pensou ser
um sonho. Depois, porém, incomodado à medida que ia sentindo um peso pesado
sobre seu corpo, virou a cabeça e abriu os olhos, quase morrendo de susto
quando...
...
–
AHHHHH!!! – Harry e Louis gritaram espantados, pulando os dois automaticamente
para fora da cama.
Sim,
Harry estava deitado em cima de Louis. Como? Bem, eles jamais descobrirão ao
certo, mas eu já adianto que Harry é sonâmbulo, e Louis estava tão cansado que
dormia como uma pedra. Então, sendo assim...
–
MAS QUE PERVERSÃO É ESSA?! – A voz de Harry saiu esganiçada e apavorada.
–
Quê?! Eu é que pergunto! – Exclamou Louis, os mesmos olhos arregalados que
Harry.
Harry
olhou para baixo e percebeu pela primeira vez que estava sem camisa. Os olhos
se arregalaram ainda mais quando percebeu que Louis também dormia sem ela,
enrolado da cintura para baixo em um lençol.
–
QUEM É VOCÊ?! O que aconteceu ontem à noite, exatamente?! Trate de me explicar!
– Harry estava com muito, muito medo da resposta.
–
Meu nome é Louis Tomlinson, e sou cavaleiro do rei. Você estava bêbado ontem à
noite e eu te encontrei por um fio... Aí te salvei e trouxe você pra cá e...
–
AAHHH! SEU TARADO! SAI DE MIM! – Gritou Harry.
–
O quê?!
–
“O quê” digo eu! O que você fez comigo noite passada seu pedófilo?!
–
Hã?!
–
Diz logo, você me trouxe pra cá, e o quê?! Você se aproveitou da minha
embriaguez, seu CRETINO!
–
Não, mas...
–
Mas o quê?! Já passou pela sua cabeça que eu não jogo pro outro time, cara?!
Você, você...! SEU TARADO! Eu te mato! – Harry pulou em cima de Louis,
segurando seu pescoço com as mãos.
Louis,
sufocando, conseguiu tirar forças para dar um soco no rosto de Harry, que se
afastou, segurando o nariz.
–
Ai!
–
EI, SERÁ QUE DÁ PRA ME OUVIR AGORA?! EU NÃO FIZ NADA! NEM VOCÊ FEZ!
–
Como assim?!
–
Ontem à noite você ia ser morto por um taberneiro, porque você, o senhor
tarado, dormiu com a esposa dele, aparentemente. Eu salvei sua vida, impedindo
que ele te matasse. Daí fiquei com dó e te trouxe pra cá! E, como não havia
dois quartos de solteiro separados, aluguei um por uma noite, com duas camas de
solteiro. A sua cama é aquela ali! – Louis apontou para uma cama atrás de
Harry.
Harry
virou de costas lentamente, o olhar como o de uma criança amuada. Depois,
segurando ainda o nariz, perguntou:
–
Mas isso não explica o fato de eu ter acordado em cima de você?!
–
Você acorda em cima de mim, e eu é que sou tarado?!
–
Tá... MAS NADA EXPLICA O FATO DE EU ESTAR SEM CAMISA E VOCÊ ESTAR PELADO! –
Voltou a berrar Harry.
–
Seu ignorante! Estar pelado é estar sem pelo algum! Você quer dizer que estou
nu! – Ensinou impaciente a diferença.
–
AH!!! MEU DEUS, TANTO FAZ!!! E o que isso tem a ver com...? AH, NÃO ME AMOLA,
NÃO MUDA DE ASSUNTO! – Harry tinha o olhar tão esbugalhado que seus olhos
pareciam querer saltar das órbitas.
–
Mas, eu não estou pelado! – Replicou Louis.
–
É NU!!! – Gritou Harry nervoso.
–
NOSSA, VOCÊ PRECISA DE UM TRATAMENTO! Eu não estou nu!
–
Ah, não, né, e eu sou uma mulherzinha!
–
Tá parecendo!
–
CALA A BOCA! E diz por que, se você não está nu, este lençol está envolvendo
seus... hã... seu...
Louis,
que já estava de pé, começou a desenrolar o lençol de seu corpo.
–
NÃO, CARA! EU NÃO QUERO VER E... – Harry virou o rosto.
–
Olha logo!
–
SEU TARADO PERVERTIDO!
– OLHA
LOGO!
A voz de
Louis saiu tão autoritária, que Harry virou o rosto, revelando olhos fechados
que a contragosto foram se abrindo, esperando encontrar...
Mas o que encontrou
foram apenas calças.
– Ah... –
Harry cocou a cabeça e começou a roer as unhas, envergonhado. – Foi mal, cara
e...
– Dá pra
parar de me chamar de cara? Meu nome é Louis.
– Tá,
er... Desculpa, Louis, eu...
– Acho que
é um grandessíssimo mal agradecido! – Retrucou, irritado, Louis. – Eu te
salvei, e você tenta me matar logo pela manhã... Não se preocupe... – Disse
Louis vestindo sua camisa da farda, Harry percebendo o estandarte do reino
bordado na mesma. – Já deixei sua refeição paga, hora que quiser comer, pode ir,
mas depois tem de ir embora. Só paguei a hospedagem por uma noite.
– Então
você é mesmo cavaleiro do rei...
– Não, eu
sou uma fada! Eu encanto os homens indefesos...
– Tá, já
pedi desculpas!
–
Desculpas aceitas, agora, adeus. – E, dizendo isso, Louis deixou, já arrumado,
o aposento.
Harry
ainda ficou um bom tempo olhando para a porta, embasbacado com a situação.
Aaahh eu estou amandoo!!
ResponderExcluirElissa seu blog ahazza kkk
Espero que continue pois está muito legal e eu ri litros com esse capitulo kkkkkkkkkkk'
xxTatii